Décimo Segundo Capítulo: Não há fado que te resista



















“Você, que eu tento-me enganar/dizendo que tudo passou/Na realidade, aqui, em mim você ficou/ Você, que não encontro mais (…)”

Marina Elali, “Você”


Ainda me lembro da primeira vez em que te vi…O teu falar não arrastava um fado corriqueiro, característico do alfacinha plantado à beira mar, mas, em vez disso, era gotejado por sementes salgadas de um lado diferente do Atlântico. As tuas palavras dançavam no meu ouvido ao som de um samba só teu e caçavas sóis feitos de um calor de Inverno. Nos silêncios da tua presença, os versos em branco do tempo eram preenchidos por risos que nasciam dos teus lábios, enquanto sacudias o peso carregado de sentir e seguir.

Ainda me lembro do dia em que te vi pela primeira vez…trazias brincadeiras desenhadas em toda a tua face. O teu olhar, feito de um céu aberto, contava histórias de quem caiu e resistiu, cantava uma música de uma só melodia e de uma só letra. O teu corpo, com curvas de um país distante, balançava ao sabor de uma chama, na qual se ouvia a voz de quem a ama. O teu estar, composto de uma réstia de luz intensa, de voz aberta, revelava um ser escondido numa folha secreta.

E porque, ainda, me lembro…e porque não me irei esquecer…desejo-te os vinte e quatro parabéns. Espero que a vida, neste ano, te sorria tal como tu lhe sorris e que a felicidade seja sempre o teu bem mais precioso.


MUITOS PARABÉNS!!

Nota do autor: este post é editado com uns dias de atraso. Peço desculpa à pessoa visada, mas o serviço de Internet que abastece o meu computador não é do melhor (muito pelo contrário).

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